segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nossa análise das fichas de avaliação dos jurados não identificados e fugidos do Mapa Cultural Paulista - fase municipal Alumínio.

Se...os "jurados" de teatro do mapa cultural fase municipal de Alumínio tivessem se dignado a se identificar e conversar, debater com os profissionais do SacraMistura e publico presente , como é de bom tom e prática usual do Mapa Cultural Paulista, em lugar de desaparecerem deixando estes “documentos”, teriam tido com base em suas fichas de avaliação as seguintes respostas para debate construtivo e saudável:

1.      1.  Jurado/a não identificado/a  1:

a.       Não houve direção:
Resposta: é curiosa uma observação destas dirigida a Antonio Victorio, profissional com 30 anos este ano de dedicação integral ao teatro, profissional com DRT bastante antigo, que rodou por 32 países fazendo teatro.
Esta curiosidade estende-se a Marc Gadú, diretor musical, também com 30 anos de experiência em produção de espetáculos diversos,  teatrais e musicais.
É  uma OFENSA  PROFISSIONAL muito grave e, como tal será tratada.
b.      A peça não tinha ritimo:
Resposta: a palavra correta não seria RITMO ?
Realmente, a peça ainda não tinha ritmo, o que não é mais verdade porém:
.  Não é o mapa cultural para corrigir estas  imperfeições ?
.  Não teria ainda a companhia minimamente 2 meses de ensaios antes da fase regional ?
. Não é papel  dos jurados alertarem e corrigirem os artistas ?
. Não é a fase municipal uma fase de preparação para a fase regional ?
. Não é do interesse do município ter representação  na fase regional ?
c.       ...os atores se arrumavam em cena:
Resposta: impossível  responder a esta observação sem  ter o apontamento presencial do "jurado" sobre sua interpretação errônea de "arrumação".
d.      ...textos e os atores estavam num tom só: 
      Resposta lúdica, de cunho musical:: ainda bem que estavam em um tom só, caso contrário teriamos uma cacofonia. Interessante seria entender como texto e atores podem estar num tom só, texto não fala... nem canta.
A resposta ao que entendemos ter sentido o/a  jurado/a  não identificado/a,   
talvez se deva ao fato de ser o mote do texto – solidariedade –  ser tratado pelo diretor com muita introspecção.
e.      ..pouca reação, muito explicativo
Resposta:o texto de Oscar Wilde é de grande dramaticidade, atemporal ,  leva  o leitor/espectador à  auto-reflexão. 

2.       2. Jurado/a não identificado/a  2:

a.       Foi difícil visualizar a espada..:
Resposta: grande observação, corrigiremos vestindo o principe com  roupas mais claras afim de que a espada sobressaia mais, principalmente para os espectadores que COMO OS JURADOS sentem INADVERTIDAMENTE  na última fileira de assentos do teatro e SAIAM CORRENDO sem observar o cenário.

b.      ..mistura de muitos símbolos..:
          Resposta:se não é do gosto pessoal  ou da compreensão do “jurado/a não identificado, nhão deveria ter sido considerado num Mapa cultural, de qualquer forma, contamos com os arquétipos e o Grande Inconsciente Coletivo para levar o espectador pelo caminho que desejamos.
Curiosidade: O que comentaria um “jurado/a não identificado” ao assistir um espetáculo de Zé Celso Martinez Correia ou mesmo de Gerald Tomas, este ultimo aliás com quem já trabalhei  no  espetáculo “ Carmen com Filtro”, ou mesmo do Teatro do Absurdo  de Samuel  Beckett, dentre outros.
Melhoraria, talvez, seu entendimento da estética do simbólico, ler  textos como “A cantora careca”, “Rinoceronte”...
d.      ...poderiam manipular melhor os bonecos...:
Resposta:  a companhia agradece e concorda, todo artista consciente sempre terá em mente a melhora, a persecução da perfeição. Não se pode olvidar que a companhia  ainda teria minimamente dois meses de ensaios para acertar todos estes detalhes e “afinar” o espetáculo;  detalhes estes que invalidam, na soberba e oculta opinião dos “jurados/as não identificados/as”,  o espetáculo a representar o município na fase regional.
e.      ...sonoplastia desnecessária...:
Resposta: novamente uma referência de gosto pessoal, não tem aplicação, porém repensamos e excluímos alguns efeitos sonoros, realmente desnecessários. Aproveitamos a observação !
f.        ...a manipulador da criança poderia ser a mãe desde o princípio...
Resposta: o/a “jurado/a não identificado/a” talvez por não ter lido o texto, não se atentou ao detalhe de que a “mãe”, é simbólica e não uma personagem, não tem texto e é somente citada no texto pelo narrador; ou seja:  NÃO PODERIA NÃO !
Concordância verbal é de alguma importância na comunicação.
g.       ... se já houve o discurso, não precisa a mesma letra na música..:
Resposta: isto ocorre de forma proposital, pensada e desejada, em uma das 11 músicas do espetáculo. Pena que tenha incomodado o  “jurado/a não identificado/a”.
h.      ...narrador muito dramático..:
Resposta: novamente proposital, pensado e desejado.
Pena que o/a “jurado/a não identificado/a” não tenha se apercebido que no início do espetáculo,  o narrador, inspirado na personagem “Smigle”  utiliza-se de tom dramático, assustador, para, de forma sarcástica descrever o Príncipe feliz, que não conhecia, de dentro dos muros de seu castelo, a infelicidade e miséria de seu povo e, que no decorrer do espetáculo, o narrador, sofre uma grande transformação, passa a sentir o amor e não mais sarcasmo; transforma-se inclusive fisicamente: deixa de ser o sarcástico “Smigle”, ergue-se e começa a refletir e transbordar amor vindo do Príncipe.
i.         ... desnecessário a troca de andorinhas..:
Resposta: “desnecessária” qualquer resposta por tratar-se de gosto pessoal. Informamos que a direção além de dar oportunidade a outra atriz, realça desta forma a transformação da andorinha em “outra andorinha”,  a primeira fútil, apaixonada por um junco, a segunda, cheia de amor, compreensão, amor e compaixão.
Poder-se-ia discutir novamente a concordância fraseológica de gênero (desnecessária...a troca) .

3.     3.   Jurado/a não identificado/a  3:

a.       O espetáculo não encontra-se em condições de representar a cidade visto que o mesmo trata-se de uma estréia e encontra-se em processo,:
Resposta: sem considerarmos o erro de sintaxe, perguntamos:  mas não é esse o grande mote do Mapa Cultural ? identificar talentos regionais, ajudá-los, encaminhá-los  ?  não será dever do jurado “participar” do “processo” de forma construtiva ?
b.      ...ainda existe muitas falhas a serem repassadas..:
Resposta:é..devem existir mesmo, mas nenhum erro de concordância, agora... dando maior atenção à observação, se repassarmos as falhas, elas serão automatizadas, o que é altamente indesejável !
c.       ...vale a pena repensar na cenografia, direção e interpretação:
Resposta: e no “..julgamento...” não vale a pena repensar ? alías dever-se-ia repensar na razão maior da existência do Mapa Cultural: identificar talentos regionais, ajudá-los e encaminhá-los.

A companhia SacraMistura e seus profissionais repudiam esta atitude de cunho pessoal, que atesta e certifica  alta incapacidade profissional, falta de cultura específica e geral, ausência de educação básica, desdenho à cidadania e bons costumes ,e conseqüente fuga do debate aberto, construtivo e saudável.
         
Leitor: obrigado por sua atenção !
Jurados: “Perdoe-os Pai..eles não sabem o que fazem.“ 

Marc Gadú
Julho 2011

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